quiçá um desalento
vivem em sofrimento
por serem oásis num deserto.
São homens históricos
que enganam a si mesmos
vão-se com os enfermos
de repente já são óbitos.
São saraus de criação
queimam como eternidade
voam, as pessoas, por toda essa idade
poemas póstumos cantam a última canção.
São vidas súbitas e mortes eternas
quase viscerais, os anjos queimam
voam, são Ícaros que serpenteiam
prostitutas morais segurando suas velas.
Sóis posando para fotos;
quartzo se tornando feno;
vozes emudecendo num aceno
por vagarem no andar dos mortos.
Sanidade contraída em votos;
querubins reduzidos a selos;
vidas comprimidas em beijos
e pais presos em fotos.
Sem que a vida pare
qualquer coisa já lhes serve
vestem todo dia a mesma pele
pisam todo dia na mesma carne.
Somos esses sapos engolidos
quintessências sopradas
vamos, como lágrimas
para os tártaros mais antigos.
mariyonetto |
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