Educação.





Foi quando ouvi o que tinham a me dizer:
me perdi.





O mundo que me aguardava era o esforço fantástico de um artesão
Alguém que há muito tempo viveu, e que há pouco teve seu nome mencionado;
Eu não vou lembrar quem foi.

Esse mundo, um escape,
é criatura, não criador.
Foi quando ouvi o que tinham a me dizer:
o mundo se perdeu.

A vida que me aguardava era o esforço fantástico dos comuns
Algum burguês a inventou - e que viva a revolução! - que vive tendo seu nome mencionado
Mas que não sei citar, também não sei se vou me lembrar.

Essa vida, um escape,
É senhor, não servo.
Foi quando ouvi o que tinham a me dizer:
a vida se perdeu.

O que sou, o que deixei de ser,
tudo já foi analisado, tudo já foi preparado
E vai ser apresentado (Se o professor não se adoentar)
Na aula que vem, no quadro negro.

Mesmo quadro que, aliás, nos informa de tudo sobre os mais fantásticos vislumbres,
desse, o mais fantástico, mundo. Que nos reafirma, através do giz ou da tinta impressa no mesmo,
que destino temos diante de nós, que valores temos pra nossa vida, que alegria ou que tristeza podemos ter.





Eu ouvi o que tinham a me dizer:
a existência escorre dos meus poros,
lógica preenche os espaços vagos (e eles estão em tantos) do meu raciocínio,
convenções e ideologias são o meu destino;

nação, países, existem nesse novo mundo.
Educação existe no lugar do indivíduo.

Share this:

CONVERSATION

0 comentários:

Postar um comentário