botei seus olhos no meu criado mudo
em mim simulaste uma alergia
fez da alegria uma doce letargia
sob o mesmo chão nos debruçamos
rimos um para o outro
sinto que falta algo
(isto para você pode durar por anos)
minha mente cresceu
num modo abstrato de te amar
botei a desesperança no meu criado mudo
é lá que eu vou deixar
por trás de suas pupilas eu vi ufos
você riu quando eu te contei
antigamente brincava com triunfos
mas sobre os ufos, estava falando sério
fiz de você o meu câncer
mas te levo
não há sangue em meu papel
não há nenhuma dose de mim
há melancolia
há o meu fim
o nosso fim é
eu não poder dizer que faria
qualquer coisa para que continue inteira
qualquer coisa para que não me ache um tolo
pelo menos tenho a sorte de você compreender
tenho a sorte de fazer com que você sorria
agora, pode me perguntar, então
pra que diabos serve essa poesia?
0 comentários:
Postar um comentário