Confusão. Assim. Dessa forma. Este é o caminho certo para essa minha insana letargia.
Coisas que cabem num ''eu só quero você.'' Este é o caminho certo para a dádiva.
Esse sentimento dentro de mim é lancinante. Esse sentimento quando você toca minha mão, esse sentimento quando nossas risadas se encontram. É como se eu aproximasse o meu rosto, aproximasse cada vez mais, fizesse meu hálito tocar em sua pele, e depois, meus lábios, tocarem em suas bochechas, quentes
ou então gélidas.
Toda semana. Todo dia. Todo mês. Isso tudo é uma coisa diferente... Não sei o que esperar desta garota. Não sei o que esperar, se nossas mãos vão se tocar novamente, se nós vamos rir tanto quanto rimos ontem, ou mês passado.
Só sei que é melhor assim. Amiga.
Quer dizer, é melhor pra você. Amiguinha.
Paixão. Engraçado.
Eu deixo a loucura e meu coração incrustado na mesma terra, dentro de um vaso. Vaso de planta. Onde deixo todos esses sentimentos crescerem como
uma planta carnívora
ou como uma bela rosa
ou tulipa
ou seja lá o que você seja.
Por favor, amor, me mate, ou morra.
Vaso de planta.
Confusão.
Paixão.
Sinto a areia dessa tempestade me engolir. Sinto os cipós e as folhas me agarrarem, coceira, alergia. Isso, tudo que cultivei. Isso, toda a letargia, toda a fuga. É isso. Sinto a tempestade de areia me engolir novamente, sem nunca parar.
Sinto os cipós apertarem meu corpo. Sinto os insetos rastejarem sobre ele.
A última vez que vi o seu rosto, não consigo lembrar. É insignificante, porque eu não sou nada pra você. Este amor é platônico, nunca correspondido.
Tudo isso, é o que eu ganho por alimentar o sentimento.
Tudo isso é o que eu ganho por falar de paixão.
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