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 Eu errei
Não sei quando.
Sei onde.
Não vai existir quem faça por mim .
Não irá quem estiver preparado,
Irá aquele que rezou e não torceu .
Eu falhei .
Sei quando.
Não sei onde .
Insiste o fio da adaga
Explode o desespero hemático
Incide dor
Espalha no inocente, culpa, e tudo o que arde .
Eu perdi
Sei quando
Sei como
Sei onde.
Se as decisões se entendem
Como raízes de uma árvore :
Indicam , no aleatório dos movimentos do destino
Onde meus minerais e água irei buscar
Porque sede eu tenho
E vontade de morrer, está apenas acima de mim.
Mas, topo-me com a pedra.
Grito com o oceano.
Esmurro a areia
Chuto a cal .

E eis que ergo meu forte .
Em erros, falhas e derrotas .
Ainda birro em gritar :
“Acode-me”.
Meu rei sou eu mesmo.
O cárcere, minha empresa.
Minha morte, minha alma  

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