Morte e Vida Severina


Te digo que não se deve reclamar;
que a terra que te dou 
não se deve mais clamar
e o respeito concedido
é respeito conquistado.

Digo que é pouco
esse sofrimento estendido 
sofrimento pouco e barato
esse que têm sofrido.

Que o homem que te leva
não é carrasco à tua história;
não é o homem que te estrepa
aquele que te dá santa esmola.

Que ele não te emprega
pra tu ver se vale a pena;
a tolerância que se prega
é intolerância amena.

A vergonha que se instaura
no olhar dessa gente
é provocada por tua aura
de gentinha insolente;

Se coloque em teu lugar
e vai ganhar o que é teu;
que vai ter a quem louvar
que já tá morto o teu deus.

E tuas lágrimas no encalço
são de vitimismo exacerbado;

esse teu grito é como murmúrio
(é a parte que te cabe deste latifúndio.)

O Menino de Brodowski Ganhou o Mundo


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