Ao Sociopata


És como essas estrelas frívolas que vejo
já morreram há muito, mas continuam a brilhar
és como a razão lancinante do desejo
a catacumba macabra que é pensar.

Na tua mente somos todos inúteis
gestos desesperados da tua agorafobia
na órbita de Pluto, remanesces em Júpiter
és grandioso, mas quem diria
choras todo dia!

És como o demônio repousando na escuridão
fazes jus aos fetiches de Adão
como um anjo no inferno
a alma que repousa no eterno.

O sangue derramado, agora, é cântico
para teu narcisismo
as pessoas chorando e em pranto
são fome ao teu egoismo.

Ouves vozes lancinantes e cruéis
esqueça todos eles! Mate todos eles!
o rosto chorando repousa em teus pés
cabelos repousando em todos esses seres.

Ninguém ouviu
dentro de ti
essa supernova que surgiu.

A multidão é cruel
como os rostos de várias Monalisas
não consegues conviver
tirando a poesia desse chão onde pisas!

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