Veleidade


Olhar
a vida;
a fábula.

O pesar
a lida
a mácula.

O luar
avista
a têmpora.

O sofá
a cama
e a lâmina.

Que dirá
a chama
da flâmula?

A fé
no erro
e na índole.

O ser
(a rele
dúvida).

Morrer
a morte
tão gélida.

Chorar
pelo corpo
e âmago.

A mercê
do limite
do indivíduo.

O escritor
e sua vida
ridícula.

Eu
e a inutilidade
empírica.

Viver
a primeira
e a última.

E vivê-la
essa vida
tão tênue.

(E pra quê
poema
sem métrica?

Para ser
nada mais
que rústico.)


Beijo, Eliseu Visconti 


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