reescrevo vozes perturbadas
de uma mente elástica.
Com roupas caídas e carne putrefata
desfiro o andar lento de um morto
no meu olhar há a luz de uma terra imaculada
luz essa que enrijece e banha o meu rosto.
Sim, com uma falseta de divindade
recito o balbuciar de alguém morto pela idade
o tique na minha mente é retumbante
mas invisível à ti, que não enxergas meu semblante.
Palavras compridas, comprimidas, esticadas
num retrospecto.
Bagunçadas e desconexas, dançando em
minha mente
brilhantes feito fogos.
Eu aprecio em silêncio, feito um degustador
essa dança eterna dos mortos.
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