Não Me Empurre

Eu me sinto completamente doente. Irritadiço, na essência da palavra, sensível naquilo que representar pra você, violento naquilo que eu desejo, inseguro no que eu protejo, infeliz no que anseio, triste naquilo que insisto. Você, errando, não prova estar errado. Eu, acertando, nunca fui tão contrariado. Não existe mais o que justifique uma piada de mal gosto, se não a culpa;
                    Não existe mais instância a se recorrer, quando o assunto é falar mal de Você.
                    Não acredito estar tão perdido, mas se eu estiver, não me empurre. É fácil cair.

                 
É sério, é fácil cair daqui.

É bem alto, e infinito em perspectiva. É profundo e ao mesmo tempo tão superficial, como a própria atmosfera. É comum como a atmosfera.

Tristeza é uma palavra latente, cheia de inconsequências e amarguras, palavra que eu disponho, que ergo a minha frente como uma doença que te deixa orgulhoso em carregar, uma doença que arrecada apelo, arrecada desespero. Histeria, histeria, histeria.

Nada daquilo que Você diga vale mais a pena. Então, vamos devagar, sem pressa. Não me empurre.

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