Nem Vi Você Chegar

sob o que, afinal
nunca deveria ter existido
as dores, que do inferno
nunca deveriam ter saído
minha alma, solitária e agora
por ti invadida
me ajuda a palmilhar tal palmilho
me ajuda a encontrar saída
todos, embora, nenhum
todos foram embora
todos os sonhos caindo
e padecendo como pétalas d'uma rosa
me deixe morrer, oh, essa emoção
me deixa ser levado, oh, pela podridão
sob o que eu sempre quis ter sido
vejo essência
palavras que circundam o meu corpo
feito ciência.

Coisas que eu matei. Coisas que, no fundo, eu não sei.

sob o que, afinal
nunca era pra ser
afinal, sobre o que
falaremos agora?
sempre que, a nascer
eu crio um mundo novo
afinal, fazer o quê?
eu vivo tudo de novo.
mas eu nem vi você chegar
foi bom te ver sair de novo.

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