é grafite gasto
tenaz, leve
esse céu vasto
é chão, é neve
é palavra esquecida
palavra não dita
esquecemo-nos de nós!
Esquecemos
e nos ignoramos
nos dias castos
nos horizontes claros
e nas horas passadas
nós somos vultos parados
com palavras enterradas.
É, nos esquecemos.
Nenhuma palavra é dita
por nenhum de nós
como que sem as línguas
mas apenas sem os sóis
sem as palavras ambíguas
e sem um caminho, sem um farol.
Não nos olhamos
nos amamos e somos
não nos tocamos
nos vamos.
E sumimos.
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