me deleito, sem saber, e sem razão
eu desabo, sem conhecer o amanhã
tão anoréxico e flácido coração.
o suficiente para sentir o próprio
Tudo é cinza, e enxergo tudo borrado
a saliva escorre com sangue, com tudo acinzentado
a frieza me esquenta e o silêncio me ensurdece
tudo isso ocorre
conforme minha pressão desce.
O sangue é frio, o cabelo é quebradiço
os olhos são irritados o suficiente para lacrimejar
as lágrimas fragmentados constroem um mundo interiço
eu começo e me acabo, sem noção do passado
o futuro? Nada almejar.
No coração do deus suicida, o dia é cinza e funesto
suas mãos nas minhas foram intangíveis; seu sorriso
era a tempestade mais pacífica vista; era um aleijado sem gesto
como uma planta murcha, uma lua sem luz; com pouca vida
e pouco riso.
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