Tenho vergonha de falar de amor
dessa mansidão que cabe em mim
vergonha do lugar onde estou
e vergonha de pensar em ti.
Das declarações do meu ódio abjeto
e das declarações do meu afeto
esse que me deixa afônico
esse muitas vezes errôneo.
Esse que é inconsequente
e não deixa de ser retumbante
convulsiona e debate inconsciente
morre e vive a cada instante.
Do teu calor que abusei
do conforto que deixei livre em mim
Vergonha de falar de amor, enfim
e de todo o amor que derramei.
Mas ele luta contra minha vergonha
com armadura e armas de ferro e estanho
e por fim, todo o ódio se torna pouco
dentro da imensidão do amor humano.
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